Vulcão em La Palma atinge nível mais energético
O vulcão Cumbre Vieja, de La Palma, uma das ilhas do arquipélago espanhol das Ilhas Canárias, intensificou sua atividade na tarde de sexta-feira (24), com uma desaceleração à noite, seguida por uma retomada das emissões na manhã de sábado (25), com o surgimento de novas bocas ao longo da fissura e o colapso parcial do cone vulcânico.
Por conta da intensidade das erupções, autoridades de La Palma obrigaram o fechamento do aeroporto da ilha no sábado, no momento mais energético do processo eruptivo. Já neste domingo, o aeroporto voltou a operar após o trabalho de limpeza das cinzas realizado durante a noite.
Por conta disso, o comitê científico do Plano Especial de Proteção Civil contra o Risco Vulcânico das Ilhas Canárias (Pevolca) recomendou a evacuação de cerca de 160 pessoas.
De acordo com os registros da vigilância vulcânica de Cumbre Vieja, na tarde de sábado ocorreu a medida de proteção que foi adotada devido ao risco existente, segundo os cientistas, de que os materiais vulcânicos expelidos pudessem atingir uma distância maior e ocorrer fenômenos como a chegada de cinzas e material vulcânico de alta temperatura além da zona de evacuação estabelecida.
Mais de 460 edifícios foram destruídos e o fluxo de lava cobre 212 hectares; mais de 6 mil pessoas foram evacuadas. Ainda segundo as autoridades locais, o pior cenário seria o colapso total ou parcial do cone eruptivo, gerando fluxos em alta velocidade que poderiam ter se espalhado.
Atualmente, existem três fluxos de lava ativos. O principal, localizado mais a norte, tem uma altura de frente máxima de 12 metros. A corrente de lava secundária tem uma altura de frente máxima de 10 metros e a terceira, que surgiu na sexta-feira com as novas bocas eruptivas, corre para o sul, sobre a anterior.
Já a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) ressaltou que, embora exista o risco de colapso do cone, isso não quer dizer que um tsunami vai ocorrer, em especial, que atinja a costa brasileira.