setembro 17, 2024

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Veterinário comenta principais equívocos na adoção de um Pet

Foto: 012 News
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No dia 9 de setembro é comemorado o dia do veterinário, uma profissão que está diretamente ligada a setores importantes da nossa economia como o agronegócio, que pode representar 30% do PIB brasileiro em 2021, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). E para conhecermos mais sobre as diversas áreas de atuação desse profissional, a Rádio 012 News entrevistou na última quarta-feira (8) o médico veterinário Rodrigo Carmo, de São José dos Campos.

ALIMENTAÇÃO

Um dos grandes equívocos que os tutores de animais cometem é na questão da alimentação. Segundo o veterinário, é um risco alimentar os pets com sobras de alimentação humana, com risco até mesmo de intoxicação.

“Em nossa rotina clínica a maioria dos problemas que nós atendemos, poderiam ser evitados. Vários animais chegam ao nosso consultório intoxicados com aqueles alimentos que contém cebola, alho. Outras pessoas dão chocolate, por incrível que pareça, e nessa rotina clínica os animais chegam muito debilitados. A cebola causa anemia no animal, o chocolate também é muito tóxico, por isso é importante avisar as pessoas que se o animal aparecer vomitando ou com diarreia, que leve esse animal para uma clínica veterinária, urgente”.

PANDEMIA

Muitas pessoas, durante a pandemia, decidiram adotar animais como uma forma de conforto emocional, é o que comenta o médico veterinário. Ele lembra também que muitas pessoas não têm o controle financeiro suficiente para sustentar a manutenção do animal. Por outro lado, a pandemia deu oportunidade para que os tutores tivessem mais atenção à detalhes que antes não eram observados.

“Esse confinamento aumentou a adoção de animais, isso é uma relação muito relevante na pandemia. O animal trouxe acalanto, mas como eu disse, muitos não têm o planejamento para os próximos anos. Os pets trouxeram esse conforto, as pessoas estavam muito sozinhas, e até na clínica nós tivemos um aumento nos atendimentos devido aos cuidados nos primeiros meses da pandemia. As pessoas, com mais tempo em casa, começaram a perceber alguns problemas no pet, uma inflamação por exemplo, ou seja, elas não tinham essa percepção porque não ficavam muito tempo em casa, e quando retornavam, não tinham essa atenção com o animal”.

VACINAÇÃO

O Dr. Rodrigo Carmo também comentou sobre a importância da vacinação, os tipos de vacinas, além da necessidade de levar o pet em locais aptos à prática da vacinação utilizando protocolos sanitários.

”Antes de as pessoas vacinarem os animais, é importante que elas levem os pets nas clínicas especializadas, porque hoje temos vários problemas de casas de ração, de pessoas que não são credenciadas para aplicar as vacinas. Antes da vacinação esses animais precisam passar por um exame clínico e físico. A gente consegue avaliar se esse animal tem alguma anomalia, febre, pois sem isso, é possível prejudicar o animal. Então, a ação não pode ser no tempo do tutor, e sim no do animal, para sabermos se o pet tem condição de ser vacinado ou não”.

”As principais vacinas são a V10 e a V8, que são vacinas múltiplas que combatem as principais doenças. A Vacina V10 possui duas cepas a mais de Leptospira (para o combate à Leptospirose). Feito esse protocolo inicial, temos alguns períodos de reaplicação de doses, quando filhotes ou adultos. Depois, nós partimos para o trato da Raiva. A vacina antirrábica também é importante no calendário dos pets. Temos também outras vacinas, como a da gripe. Em algumas épocas do ano, temos cidades muito frias, e assim a gente consegue prevenir a tosse dos canis. Temos também a leishmaniose, e temos outra doença também importante que é chamada de Giárdia, provocada por um protozoário, onde provoca inflamação em todo o trato intestinal e diarreia. Então, é importante que o tutor tenha a consciência de todo esse protocolo vacinal”.