Vale Histórico e Vale da Fé: ‘Cinturão Eletrônico’ deve sair em Setembro
A Rádio 012 News entrevistou na segunda-feira (6), Sérgio Theodoro, Diretor da AGEMVALE (Agência Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), que explicou para os ouvintes, as principais atribuições da agência e dos projetos voltados para a nossa região.
“A AGEMVALE faz parte de um sistema de governança metropolitana formada por um ‘tripé’, com o Conselho da Região Metropolitana formado pelos 39 prefeitos da região, onde o atual presidente do conselho é o Victor (PSDB), Prefeito de Paraibuna (Victor de Cassio Miranda), a AGEMVALE que é o apoio técnico desse conselho, que elabora e toca os projetos aprovados, e o FUNDOVALE (Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), que financia todos os projetos aprovados pela região metropolitana e tocados pela agência”.
A AGEMVALE firmou um convênio com a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), para o desenvolvimento do PDUI (Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado), que ao todo serão cinco em todo o estado.
“O PDUI é um programa que estabelece e frisa o papel dos municípios e do governo do estado; ele nada mais é do que o Plano Diretor dos Municípios, que pacifica todos os planos diretores dos 39 municípios do Vale. Vamos determinar neles, programas e ações. A região é muito diversificada, temos o litoral norte, com quatro municípios que dependem basicamente muito da economia de litoral, e você tem a Serra da Mantiqueira, o Vale Histórico, Vale da Fé com grande fluxo de turistas e que dependem muito do turismo para região. O PDUI vem para pacificar e dar as diretrizes para que ele possa avançar com os programas para a região”.
Como cada município já possui um plano diretor, nós questionamos o diretor se não haveria a possibilidade de conflitos de interesses regionais, capazes de atravancar alguns projetos.
“O PDUI se sobrepõe aos planos diretores dos municípios, e ele vem justamente para pacificar esses conflitos. Muitas vezes, um município trata de uma questão ambiental de forma diferente que outro e ali você tem um conflito que é pacificado. A partir do momento que é aprovado pela ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) ele passa a ter critério de lei e aí todos os planos diretores têm que estar em consonância com o plano de desenvolvimento urbano e regional”.
“O Plano é inteligente porque você não pode ter na região alguns municípios desenvolvidos e outros não desenvolvidos. Ele vem exatamente para dar equidade e possibilidade de desenvolvimento para todos os municípios de uma região”.
Outro assunto abordado na entrevista, foi o Programa Viva o Vale que vai injetar R$ 120 milhões em diversas áreas como as de saúde, educação, segurança, entre outras.
“Nós vamos ter uma nova estrutura de hospital regional, diferentemente do hospital regional aqui de São José e de Caraguá, que são equipamentos grandes. Para o Fundo do Vale, a equipe técnica da secretaria do governo do estado entendeu que lá, seria interessante diluirmos essa estrutura. Ao invés de termos um hospital grande num determinado município, vamos construir um Hospital Base, em Cruzeiro e vamos reformar e ampliar dois hospitais, um em Lorena e outro em Guaratinguetá. Com isso nós temos três hospitais referência que vão cumprir o papel de um hospital regional para a região do Vale Histórico e Vale da Fé”.
Desse total que será investido através do Viva o Vale, três milhões de reais já vieram para a AMGEVALE, e com isso, em Setembro, está prevista a licitação para a contratação do videomonitoramento, o chamado ‘Cinturão Eletrônico’.
“Algumas cidades passaram a utilizar o videomonitoramento. Aqui em São José tivemos uma redução no furto e roubo de carros em mais de 50%, e o cinturão eletrônico vem para dar a sensação de segurança para esses 17 municípios. Nós vamos fazer um convênio com a secretaria de segurança pública, e com as imagens geradas com essa contratação, a agência vai disponibilizá-las para o DETECTA, que fica aqui no Comando de Policiamento do Interior (SJC)”.