Polícia faz nova escavação de suposta cova de escoteiro que desapareceu em Piquete
A Polícia Civil realiza, nesta quarta-feira (16), uma nova escavação da suposta cova onde estaria Marco Aurélio Simon, escoteiro que desapareceu durante excursão no Pico dos Marins, em Piquete, em 1985. O local identificado foi avistado em 1989 e a ação deve durar até o final desta tarde.
O inquérito sobre o sumiço do escoteiro foi reaberto em junho do ano passado, após as investigações encerrarem em 1990. Uma mulher, cujo pai morava numa propriedade a 200 metros do local onde acontecem as investigações, disse ter visto a suposta cova que os policiais estão escavando.
Esta declaração foi responsável pela reabertura do caso, 21 anos depois do fechamento. Com isso, a Polícia Civil suspeita de que o escoteiro Marco Aurélio Simon teria sido morto e enterrado no local, uma área de mata em Piquete.
A primeira escavação após a reabertura aconteceu em julho do ano passado, em um imóvel que fica na base do Pico dos Marins, local onde os escoteiros teriam acampado antes de tentar subir a montanha. O trabalho contou com a participação de peritos da Polícia Científica e de cães farejadores, mas não localizaram nada.
Histórico do desaparecimento em Piquete
O escoteiro desapareceu em junho de 1985, quando tinha 15 anos. Liderados por Juan Bernabeu Céspedes, quatro escoteiros da mesma idade que Marco Aurélio deixaram o acampamento com o objetivo de subir os 2.420 metros do Pico dos Marins, até que um deles torceu o pé, após a metade do percurso.
Marco Aurélio voltou ao acampamento sozinho, com autorização do líder, para buscar ajuda. O grupo se perdeu no percurso e, ao voltar à base de saída, encontraram a mochila do escoteiro no local, mas o garoto não foi mais visto.
Na época, cerca de 300 pessoas, além de unidades policiais, atuaram nas buscas durante 28 dias, sem encontrar nenhuma pista. Quatro anos depois, a filha de um antigo proprietário de uma casa em Piquete disse ter visto um local que seria a cova onde foi enterrado, mas as investigações foram encerradas.
Agora que as investigações foram retomadas, a Polícia trabalha com as hipóteses de que o escoteiro tenha sido morto e enterrado na propriedade ou que, de alguma forma, ele ainda esteja vivo e tenha virado andarilho.
