outubro 7, 2024

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Estudo indica 74% menos chance de morte em vacinados com CoronaVac

Foto: Reprodução/ Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Um estudo publicado pela medRxiv concluiu que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, a CoronaVac, apresenta 74% menos chance de morte com o esquema vacinal completo. Com a AstraZeneca, o percentual é acima de 90%.

O estudo avaliou a efetividade das vacinas CoronaVac e AstraZeneca para prevenir casos graves de covid-19, hospitalizações, admissão em UTIs e mortes. Utilizou dados de 60 milhões de brasileiros vacinados entre 18 de janeiro e 30 de junho.

A autoria do trabalho, publicado na plataforma medRxiv, é de pesquisadores das universidades federais da Bahia (UFBA) e de Ouro Preto (UFOP), da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), da London School of Hygiene & Tropical Medicine e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Dados

Considerando todas as faixas etárias dos vacinados, entre os que tomaram duas doses da CoronaVac, 54,2% apresentaram risco menor de infecção pelo novo coronavírus. 72,6% apresentaram menos risco de hospitalização, 74,2% menos risco de admissão na UTI, e 74% menos risco de morte.

Para quem tomou apenas uma dose, o risco de infecção caiu pela metade. Além disso, o estudo apontou 26,5% menos risco de hospitalização, 28,1% menos risco de admissão em UTI e 29,4% menos risco de morte.

Com a AstraZeneca, os que completaram a imunização com duas doses apresentaram 70% menos risco de infecção. Além disso, 86,8% menos risco de internação, 88,1% menos risco de admissão na UTI e 90,2% menos risco de morte.

Entre os que tomaram uma dose, foi observado um risco 32,7% menor de infecção. O risco de hospitalização caiu pela metade, 53,6% menos risco de admissão em UTI e 49,3% menos risco de morte.

Os pesquisadores destacam que o levantamento é importante não apenas pelo grande número de pessoas analisadas, mas porque se trata do primeiro levantamento nacional para verificar a efetividade vacinal. Esse dado é diferente da eficácia vacinal, que se dá em um ambiente de condições controladas e ideais.

Análise por idade

O estudo aponta uma efetividade semelhante para as duas vacinas em todas as faixas etárias, com exceção das pessoas com 90 anos ou mais.

Com a CoronaVac, para pessoas com 60 anos ou mais, a redução no risco de hospitalização ficou em 84,2%. Já admissão em UTI, em 80,8% e 76,5% menos risco de morte por covid-19 para pessoas com esquema de vacinação completo.

Estratificando a faixa de pessoas com 90 ou mais, a efetividade é menor, pois a redução no risco de hospitalização, admissão em UTI e morte foi de 32,7%, 37,2% e 35,4%, respectivamente.

No caso da AstraZeneca, com as duas doses para pessoas com 60 anos ou mais, a redução no risco de hospitalização chegou a 94,2%. A admissão em UTI a 95,5% e o risco de morte por covid-19 ficou 93,3% menor.

Na faixa com 90 anos ou mais, os percentuais caíram para 54,9%, 39,7% e 70,5%, respectivamente. Os cientistas concluíram, portanto, que pessoas com idade acima de 90 anos podem se beneficiar com uma terceira dose de reforço, mas apontam a necessidade de comprovação científica dessa tese.

Nesta semana, o Ministério da Saúde informou que iniciará, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses”.

Metodologia

Foram vacinadas, entre janeiro e junho deste ano, 21,9 milhões (36,2%) de pessoas com a CoronaVac e 38,6 milhões (63,8%) com a AstraZeneca, totalizando 60,5 milhões de vacinados.

Cerca de 44% desse total, 26,8 milhões de pessoas, tinham 60 anos ou mais. Nesse sentido, os principais resultados dizem respeito à redução de hospitalizações, admissões em UTI e mortes especificamente para essa faixa de idade.

Os pesquisadores confrontaram os dados dos vacinados com dados hospitalares nacionais, obtidos no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).

De acordo com o estudo, o sistema é utilizado como fonte para análises epidemiológicas por reunir os casos notificados de hospitalizações e mortes causadas por vírus respiratórios, como o novo coronavírus e o vírus da gripe.

*Com informações da Agência Brasil.